Thursday, July 19, 2007

O real e o virtual: possível coexistência...

Terão os livros impressos o mesmo fim dos papiros? Será o tacto o único sentido importante para transmitir e receber emoções? Serão os e-books uma boa solução ambiental para o nosso planeta? Serão os livros digitais considerados um recurso renovável? Terá o mundo real um fim comum com o mundo virtual?
Quando me preparei para reflectir sobre o tema “ As bibliotecas e os livros digitais” assolaram-me muitas dúvidas que me dificultaram, um pouco, de prosseguir com a minha opinião… sinto que, ao discutir este tema nasce um misto de responsabilidade por um futuro que passa pelas nossas mãos e de incapacidade ao sentir que não depende só de nós…
Desde sempre o ser humano teve a necessidade de transmitir as suas emoções através de pinturas, desenhos, grafismos ou palavras, com vista a ser melhor entendido por todos. Todas estas expressões foram impressas em vários materiais, desde as rochas até ao papel. Contudo, nunca senti que fosse importante perceber se a transição de um material, para o outro, foi polémico ou difícil de se efectuar, mas como toda a mudança é essencial para o avanço das gerações, esta não é excepção à regra!
Se olharmos para as pinturas rupestres conseguimos seguir uma história, uma vida… se lermos um livro, também, adquirimos essa capacidade de nos transpormos para o outro lado, o mundo ao qual o autor nos pretende levar. Assim, o contacto com a cor, o cheiro, a textura e o tipo de papel da capa, das folhas… enfim, todo o livro dá-nos um conjunto de sensações palpáveis, olfactivas e reais que me fazem duvidar, por momentos, se com a passagem para o mundo digital tudo se irá perder... Assusta-me, por vezes, a ideia de no formato electrónico não fazer sentido a designação de volumes, ou o simples facto de se perder o prazer da viragem de uma página... Todavia, nem tudo é tão desvantajoso como parece, pois sempre que me surgem estes receios, aparece uma vozinha da minha consciência ambiental, bem juntinho ao meu ouvido, Gritando por um mundo possível de ser vivido, Agora, Hoje e Amanhã… um mundo reciclável e reutilizável, reduzindo todos os resíduos que se encontram espalhados e em excesso. O caso do papel reciclável é flagrante, pois continua com proporções ainda muito pequenas para salvar as inúmeras árvores que são abatidas a favor da brancura das folhas. Saltam, também, à vista os gastos em burocracias, as quais são cada vez maiores, bastando só pensarmos no papel que é gasto nas escolas em correspondência que, para além de ser electronicamente recebida continua a ser sempre impressa, em fotocópias que muitas vezes nem sequer são lidas pelos alunos ou em trabalhos que, na maioria das vezes, não são avaliados de forma digital, por parte dos professores. Assim, há que Mudar mentalidades (!!!) e embora, este tipo de rupturas, demore sempre algumas gerações, não podemos deixar passar entre os dedos estas limitações e egoísmos do mundo material!
Num dos artigos lidos “Do androids dream of electronic books” chamou-me à atenção uma pequena frase que passo a citar: “O conhecimento existe e sobrevive pela capacidade de manuseamento dessa informação. “ Deste modo e na minha perspectiva, o mais importante não será a forma como os conteúdos são lidos, mas sim a capacidade de como estes são relacionados. Penso que as competências que se adquirem ao ler um livro irão ser sempre as mesmas, seja ele digital ou impresso.
Realmente não podemos ser retrógrados ao ponto de não aceitarmos a forma natural da evolução dos acontecimentos, ainda por cima se trazem tantas vantagem para todos os seres vivos e não só para o Homem. É incrível como, com a entrada no mundo virtual, o acesso à informação é possível de forma muito rápida e a troca de saberes é tão veloz e até assusta “um livro electrónico de 5 000 páginas pode ser descarregado em minutos… enquanto que as páginas em papel não podem ser comprimidas para melhor caber pelo correio, na biblioteca ou estante de casa”.
Se uma possível nova idade do gelo nos assusta talvez a ideia de sermos um dia “engolidos em papel”, num deserto repleto de lixo impresso, seja bem pior! Urge pensarmos que estamos a passar para uma nova idade Ecodigital em que não importam só as sensações de posse e de bem-estar para com os Nossos livros em papel, mas sim a vantagem de a um clique estarmos a partilhar um e-book com o outro lado do mundo.
Em conclusão, é de salientar que “o mundo material e o mundo virtual são nesta perspectiva, diferentes estados produtores de equivalentes sensações de realidade” e que podem coexistir no mesmo espaço, tendo cada um a sua importância e sendo utilizados para melhor servir a Humanidade.

Wednesday, May 16, 2007

Mana - Eres mi Religion

música do meu pequenino

Mafalda Veiga

Tatuagens, marcas que ficam gravadas para sempre...

Thursday, March 15, 2007

O principezinho e a raposa...




" Só se vê bem com o coração", já dizia a raposa ao Principezinho... e o "Essencial é invisível aos olhos", é uma das frases mais emblemáticas da grande obra de Saint-Exupéry.